Este período pode se apresentar como um tempo complexo no desenvolvimento do ser humano. Esta complexidade pode afetar tanto a vida dos filhos como a vida dos pais, muitas vezes, pela falta de conhecimento ou experiência para lidar com os dilemas freqüentes na vida.
Tudo começa no final da infância, período de 6 ou 7 anos até 12 ou 13 anos. Na primeira fase da infância, 0 a 5 ou 6 anos, a criança segue de acordo com o meio ambiente que trabalha na formação de valores como: moral, autoridade, respeito, relacionamentos, afeto, autoconfiança e outros valores fundamentais para que esta criança aprenda a enfrentar os desafios apresentados pela vida. Quando a criança chega na parte final da infância ela apresenta uma mudança de comportamento por entrar na fase do prejulgamento. Nesta fase a criança questiona as decisões dos pais e começa a externar a sua maneira de pensar. Este é o período de formação de conceitos.
Quando os pais não sabem lidar com esta fase, os filhos se tornam inseguros e se distanciam na sua maneira de pensar e agir fazendo com que os pais se surpreendam quando se deparam com o comportamento do filhos na adolescência.
Os conceitos serão aplicados na fase da adolescência, o que faz com que seja um tremendo desafio para o adolescente, uma vez que alguns conceitos são corretos e outros não.
É comum que o adolescente fale com o coleguinha sobre os seus pensamentos mas não fale sobre estes pensamentos com os pais, como consequência da insegurança gerada no período de formação de conceitos.
Além dos conceitos, pelo menos, outros dois fatores interferem no comportamento do adolescente: a alteração hormonal e o mapeamento do corpo. São mudanças físicas e comportamentais que podem levar o adolescente a insegurança no seu comportamento. Em decorrência disto surgem os comportamentos de oposição ou desinteresse com a maneira de pensar dos pais. Daí resultar chamar o adolescente de rebelde.
Porém, quando os pais cuidam dos seus filhos transmitindo, falando e vivendo, os valores básicos da vida, este filho será treinado a enfrentar as mudanças de forma natural fazendo com que haja uma aproximação maior com os pais. Neste caso vamos chamar a adolescência de fase de transição.
É nesta fase que o filho demonstra responsabilidade crescente. Afinal, ele não é mais criança movida pelos sentimentos mas, ainda, não é um adulto movido pela razão. Por isso, em certos momentos o adolescente reage movido pelas emoções e em outros momentos se acha convicto como se fosse o “dono da verdade”.
Quando a transferência de responsabilidade acontece sob controle, este adolescente ganha segurança e o seu comportamento é consolidado fazendo com que chegue a fase adulta e tenha menos demandas a resolver no seu comportamento.
Por isso, é muito importante a maneira como os pais encaram esta responsabilidade de criar os filhos, preparando-os para que no futuro estes filhos alcancem os seus objetivos de vida, tornando-se motivo de autorrealização e de alegria para os pais.
Não se esqueça, tudo começa com a semente que é semeada na infância.